A artista plástica Nélida Mendoza é a vencedora pelo Paraguai do Prêmio de Artes Visuais do MERCOSUL. Sua obra Colgando Paisajes foi selecionada por um prestigioso júri internacional e agora se prepara para participar de uma residência artística de quatro semanas no Espacio de Arte Contemporáneo (EAC), em Montevidéu, Uruguai.

A participação nessa residência conta com o apoio da Secretaria Nacional da Cultura e o patrocínio de Manufacturas Pilar do Paraguai. Também resultaram vencedores no concurso: Pia Capisano, da Argentina, com a obra data_traccionasangre; Maíra Ishida, do Brasil, com a obra Memória Compulsiva; José Hidalgo, do Equador, com a obra Confines; Fernando Foglino, do Uruguai, com a obra Chanchitos inmobiliarios e Natalia Rondón, da Venezuela, com a obra Sin título.

O júri responsável pela seleção dos trabalhos foi integrado por Jorge Tirner da Argentina, Jorge Luiz do Brasil, Romina Muñoz do Equador e Fernando Sicco do Uruguai. Vale a pena mencionar que a pré-seleção foi realizada pelo júri nacional de cada país.

Foram recebidos um total de 36 projetos, dos quais resultaram vencedores do concurso os artistas antes mencionados.

Sobre a obra vencedora Colgando Paisajes

O projeto de arte pública apresentado para o prêmio faz parte de uma research based project, estruturada em diversas etapas.

Foi ideado pela artista premiada, em parceria com a curadora e crítica de arte Constanza Meli. Sobre o projeto, Mendoza mencionou “desenvolve-se na América Latina e na Europa, como uma reflexão sobre o diálogo entre escultura e paisagem”.

O projeto Colgando Paisajes é definido como arte pública e relacional. “A trajetória é experiência pessoal e lugar de identidade. Uma linha que atravessa paisagens, recolhendo, a cada vez, novos fragmentos. Desta maneira, essas formas representam a relação entre a profundidade da pegada e a precariedade do movimento”, explica a ganhadora. A respeito de sua estadia em Montevidéu, disse: “O objetivo dessa residência é compartilhar memórias de paisagens já caminhadas na busca de identidade, entre o próprio país de origem, Paraguai, e as experiências e visões das paisagens que os vizinhos (em particular, o projeto está dedicado às mulheres do bairro) queiram compartilhar e doar mediante um retalho de pano, que irá compor a obra final”.

A seguinte etapa expositiva dessa pesquisa será a mostra pessoal da artista no Museu do Barro de Assunção, a qual está programada para agosto próximo.

Na ocasião, serão apresentadas algumas obras – fruto da mesma pesquisa– e parte do trabalho realizado para o prêmio.

Fonte: SNC