O Salão dos Presidentes do Edificio MERCOSUR foi palco para o seminário “Reflexões e desafios para o MERCOSUL 25 anos depois do Tratado de Assunção” no qual se ofereceu um relato sob diversas perspectivas históricas dos inícios, avanços e metas que caracterizaram os 25 anos do MERCOSUL.

Participaram do evento: o presidente da República Oriental do Uruguai, Tabaré Vázquez; o ministro das Relações Exteriores do Uruguai, Rodolfo Nin Novoa (na qualidade de presidente pro tempore do MERCOSUL); o vice-chanceler das Relações Exteriores e Culto da Argentina, Carlos Foradori; o ministro das Relações Exteriores do Brasil, Mauro Vieira; o ministro das Relações Exteriores do Paraguai, Eladio Loizaga; o vice-ministro do Poder Popular das Relações Exteriores da Venezuela, Alexander Yañez; o embaixador da Bolívia, Benjamín Blanco Ferri; o ex-secretário geral ibero-americano, Enrique Iglesias, como convidado, e o diretor da Secretaria do MERCOSUL (SM), Oscar Pastore.

No seu discurso, em representação do Uruguai, o chanceler Rodolfo Nin Novoa exortou a “continuar trabalhando em prol da integração mercosulina com o mesmo espírito e objetivo que circundou o nascimento do Tratado, e com a coragem política de tentar traçar novos instrumentos para atender às necessidades dos países que enfrentam assimetrias estruturais”.

Durante sua participação, salientou que “a agenda de ampliação do bloco não deve se deter”. Nesse sentido, manifestou a necessidade de se adaptar à realidade, aprender com os erros e modificar o que for necessário para manter a credibilidade dos processos.

“É verdade que crises externas e internas retardaram a cristalização das etapas de integração previstas no Tratado e, por isso, devemos fazer uma forte autocrítica. Muitas vezes foram decisões políticas que frearam os cursos da integração com ventos protecionistas que prevaleceram sobre a ampliação dos mercados e adiaram a construção de uma política comercial comum”, afirmou o chanceler.

Ainda, enfatizou que “a marca MERCOSUL não tem vida própria, ela é e será aquilo que os governos e povos decidirem que seja. Por isso, devemos regá-lo a cada dia com ideias renovadoras sem nos refugiar no conformismo ou na imobilidade do não é possível”. Novoa também informou que, proximamente, a Bolívia será o sexto Estado Parte do MERCOSUL.

O chanceler do Uruguai apontou que não se pode esquecer que o MERCOSUL deve ser o aval do respeito às instituições democráticas dos países que o conformam e que a justiça, a legalidade e a legitimidade devem estar por cima de qualquer posicionamento político.

Concluídas as palestras do seminário, o diretor da SM, Oscar Pastore, apresentou a reedição do livro que contém uma compilação dos Textos Fundacionais do MERCOSUL, cujo prólogo foi elaborado pelo chanceler uruguaio.

Ainda, o Diretor Pastore fez entrega ao presidente do Uruguai e aos chanceleres do MERCOSUL de uma medalha comemorativa com a logomarca MERCOSUL com intervenção artística por motivo do 25° aniversário.

Essa versão da logomarca MERCOSUL com intervenção artística foi resultado de um Concurso realizado pela SM no qual foram apresentados mais de 40 desenhos, sendo a proposta vencedora a de Mauro Pérez, designer gráfico da cidade de Durazno, Uruguai.

Finalmente, autoridades do Correio Uruguaio apresentaram um selo comemorativo alusivo ao aniversário do MERCOSUL.

Fonte: Presidencia de Uruguay – Divulgación SM